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Estudo destaca desigualdades raciais presentes em tratamentos oftalmológicos

Natalie Lo

Infelizmente, as desigualdades sociais ainda persistem nos campos da oftalmologia e da pesquisa. Temos um tratamento para o edema macular diabético, que é a causa mais comum de cegueira em diabéticos. No entanto, esse tratamento não cura todas as pessoas da mesma forma. Bevacizumabe (comumente conhecido como Avastin) é o tratamento mais comum para o edema macular diabético nos Estados Unidos. No entanto, em um estudo feito pela American Academy of Ophthalmology, foi descoberto que os pacientes negros são significativamente menos propensos do que seus colegas brancos a apresentar melhora visual após serem injetados com a droga.



O Avastin, tratamento atual para edema macular diabético, é significativamente menos eficaz para pacientes negros, destacando as injustiças na pesquisa oftalmológica.


Neste estudo, que foi o primeiro a olhar para a raça como um fator para o tratamento do edema macular diabético, os pesquisadores analisaram os dados dos prontuários eletrônicos de pacientes que foram tratados no Boston Medical Center. Depois de receber uma injeção de Avastin, apenas 26,71% dos pacientes negros apresentaram melhora da visão, em comparação com 50% dos pacientes brancos. Depois de receber 3 injeções, 33,82% dos pacientes negros apresentaram melhora da visão em comparação com 58,54% dos pacientes brancos. Isso é extremamente alarmante, pois as doenças oculares diabéticas, assim como o próprio diabetes, já afetam os pacientes negros de maneira desproporcional, mas eles não se beneficiam tanto com o tratamento atual quanto os pacientes de origem caucasiana. De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, os adultos afro-americanos têm 60% mais chances de serem diagnosticados com diabetes do que os adultos brancos.


A prevalência de edema macular diabético e diabetes em adultos negros pode ser atribuída a uma variedade de fatores, incluindo o status socioeconômico, que afeta o acesso aos cuidados de saúde, especialmente em países como os Estados Unidos onde os cuidados de saúde não são gratuitos. No entanto, não há desculpa para a falta de eficácia do Avastin em pacientes negros. Isso destaca a necessidade de maior diversidade nos ensaios clínicos, para que possamos garantir que os tratamentos funcionem de forma eficaz em todos os pacientes.



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